A dívida de todas as administrações públicas aumentou 19.549 milhões de euros em fevereiro face ao mês anterior (+1,2%), até atingir 1.602.662 milhões de euros, um novo máximo histórico, segundo dados publicados esta segunda-feira pelo Banco de Espanha.
Este aumento significa que a dívida das administrações públicas ultrapassa pela primeira vez na história a barreira dos 1,6 biliões de euros, acima do recorde alcançado em Janeiro de 1,583 biliões de euros.
No último ano, dívida pública cresceu 5,4%, com mais 82.416 milhões de euros, em consequência do aumento das despesas decorrentes da crise pandémica e da guerra na Ucrânia e da subida dos preços.
Nesta antevisão mensal, o Banco de Espanha não oferece dados sobre o peso da dívida sobre o PIB –medido em percentagem trimestral–, mas os últimos dados divulgados sugerem que no final de 2023 o rácio moderou para 107,7%.
Assim, a dívida pública em 2023 fechou num rácio melhor do que o esperado pelo Governo (108,1%), graças ao impulso do Produto Interno Bruto (PIB), que terminou o ano com um crescimento de 2,5%, segundo o avanço do dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
As estimativas do Executivo sugerem que a trajetória descendente da dívida pública se manterá nos próximos anos, uma vez que se prevê que caia de 106,3% em 2024 para 105,4% em 2025 e 104,4% em 2026.
AUMENTA A DÍVIDA DO ESTADO E DAS COMUNIDADES AUTÔNOMAS
O aumento mensal da dívida em fevereiro Deve-se principalmente ao aumento da dívida do Estado e das comunidades autónomas, enquanto o das câmaras municipais registou uma ligeira diminuição e o da Segurança Social manteve-se no mesmo valor.
Concretamente, em Fevereiro a dívida do Estado situou-se em 1.441.876 milhões de euros, o que representa um aumento de 1,3% e mais 18.567 milhões de euros num mês, enquanto nos últimos doze meses aumentou 6,9%.
Por seu lado, as comunidades autónomas aumentaram a sua dívida face ao mês de janeiro para 327.881 milhões de euros, mais cerca de 3.735 milhões de euros (+1,2%), enquanto na taxa interanual registam uma subida de 3,2%.
Por seu lado, a dívida à Segurança Social manteve-se praticamente no mesmo nível de fevereiro, com 116.171 milhões de euros, menos um milhão face a janeiro. O aumento anual é de 9,4%.
O Banco de Espanha explica que o aumento da dívida da Segurança Social no último ano se deve aos empréstimos concedidos pelo Estado ao Tesouro Geral da organização para financiar o seu desequilíbrio orçamental.
Por último, as câmaras municipais registaram uma dívida de 23.098 milhões de euros em fevereiro, menos 0,5% que no mês anterior, enquanto no último ano subiu 0,7%.
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