Desemprego sobe em 60.404 pessoas em janeiro, para 2,76 milhões

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O número de desempregados inscritos nos serviços públicos de emprego aumentou 60.404 pessoas em janeiro relativamente ao mês anterior ao final da campanha de Natal, o que representa um aumento de 2,2% em termos percentuais, segundo dados publicados esta sexta-feira pelo Ministério do Trabalho e Economia Social.

O aumento em janeiro deste ano é inferior ao registado no mesmo mês de 2023, quando o desemprego aumentou em 70.744 pessoas, mas é superior ao registado em 2022 (+17.173 desempregados). Com exceção desse ano, o aumento do desemprego em janeiro de 2024 é o mais baixo neste mês desde 2017, quando aumentou em 57.257 pessoas.

Neste sentido, o Partido Trabalhista destacou que o aumento do desemprego registado em Janeiro deste ano é 32% inferior ao aumento médio do desemprego desde 2001.

Após a recuperação de janeiro, impulsionada sobretudo pelo setor dos serviços e pelo desemprego feminino, o número total de desempregados atingiu 2.767.860 desempregados, “o nível mais baixo dos últimos 16 anos para o mês de janeiro”, informou o ministério.

Janeiro é um mês em que o desemprego aumenta sempre devido à rescisão de contratos associados às férias de Natal. Assim, desde o início da série histórica comparável em 1997, o desemprego nunca diminuiu no mês de janeiro. O maior aumento neste mês, de quase 200.000 mil desempregados, foi registado em 2008, enquanto o menor foi em 1998, quando sumar10.285 pessoas estão nas listas de desemprego.

Em termos corrigidos de sazonalidade, o desemprego registado diminuiu no primeiro mês de 2024 em 27.691 pessoas.

No último ano, o desemprego acumulou uma diminuição de 140.537 desempregados, o que representa menos 4,8%, com uma diminuição do desemprego feminino de 81.208 mulheres (-4,7%) e uma queda do desemprego masculino de 59.329 homens (-5,1%).

DESEMPREGO AUMENTA MAIS ENTRE AS MULHERES E NOS SERVIÇOS

O desemprego aumentou em Janeiro em todos os sectores económicos, excepto na construção, onde caiu 1.234 pessoas (-0,6%). O maior aumento registou-se nos serviços, com mais 58.721 desempregados (+3%), seguidos da agricultura, que somou 1.256 desempregados (+1,3%); o grupo sem emprego anterior, onde o desemprego aumentou 1.221 pessoas (+0,5%), e a indústria, com mais 440 desempregados (+0,2%).

O desemprego aumentou em Janeiro em ambos os sexos, embora mais entre as mulheres. Especificamente, o desemprego feminino aumentou em 41.904 mulheres (+2,6%), em comparação com um aumento no desemprego masculino de 18.500 homens (+1,7%).

Assim, no final do primeiro mês de 2024, o número total de mulheres desempregadas situava-se em 1.658.887 mulheres, o valor mais baixo num mês de janeiro desde 2008, enquanto o número de homens desempregados atingia 1.108.983.

Por idades, o desemprego dos jovens com menos de 25 anos aumentou 3,7% em janeiro, com mais 7.189 desempregados do que no final de dezembro, enquanto o desemprego dos jovens com 25 ou mais anos aumentou 53.215 desempregados (+2,1%).

Após o avanço de janeiro, o total de desempregados com menos de 25 anos passou para 201.154 desempregados, o menor valor em um mês de janeiro da série histórica, conforme destacou o Departamento dirigido por Yolanda Díaz.

SÓ AS ILHAS BALEARES REDUZIRAM O NÚMERO DE DESEMPREGADOS

O desemprego registado aumentou em Janeiro em todas as comunidades autónomas, excepto nas Ilhas Baleares, onde caiu 582 desempregados. Os maiores aumentos registaram-se na Andaluzia (+20.077 desempregados), Madrid (+9.646) e Comunidade Valenciana (+4.363).

Quanto às províncias, o desemprego apenas caiu nas Ilhas Baleares (-582 desempregados) e Álava (-132) e aumentou nas restantes, principalmente em Madrid (+9.646 desempregados), Sevilha (+5.267) e Málaga (+4.088).

O desemprego registado entre estrangeiros aumentou 13.067 desempregados face ao mês anterior (+3,7%), elevando o número total de imigrantes desempregados para 368.977, o que representa menos 1.907 desempregados que um ano antes (-0,7%).

MENOS CONTRATOS FIXOS-DESCONTÍNUOS E PARCIAL

Em janeiro foram registrados 1.185.600 mil contratos, menos 1,2% que no mesmo mês de 2023. Do total, 506.622 eram contratos permanentes, número quase 4,5% inferior ao do ano anterior.

No total, 42,73% dos contratos celebrados em janeiro eram por tempo indeterminado, percentual que supera o registrado em dezembro, quando a proporção de contratos fixos era de 37,14%.

A queda homóloga das contratações permanentes no primeiro mês do ano deveu-se às diminuições dos contratos a tempo parcial e permanentes-descontinuados, uma vez que os contratos a tempo inteiro aumentaram face a janeiro de 2023.

Especificamente, foram celebrados 243.365 contratos a tempo inteiro por tempo indeterminado, mais 2,9% que em janeiro do ano passado; 146.368 contratos permanentes-descontinuados (-15,8% homólogo) e 116.889 contratos permanentes a tempo parcial (-2,5%).

Do total de contratos celebrados em janeiro, 678.978 foram contratos temporários, quase 1,3% a mais que no mesmo mês de 2023. No total, esses contratos representaram 52,27% do total de contratações realizadas no início do ano.

“A estabilidade das contratações continua sendo a tendência: 42,7% dos novos contratos permanentes”, Destacou o Departamento liderado por Yolanda Díaz, que lançou a reforma trabalhista há pouco mais de dois anos.

DESPESAS COM BENEFÍCIOS

O Ministério também informou que gastos com benefícios taxa de desemprego alcançada em dezembro de 2023 (últimos dados disponíveis) o valor de 1.923,2 milhões de euros, mais 5,4% que no mesmo mês de 2022.

A despesa média mensal por beneficiário, não incluindo o subsídio agrícola da Andaluzia e da Extremadura, ascendeu a 1.070,1 euros no mês de dezembro, mais 5,4%.

O valor bruto médio do benefício contributivo recebido por beneficiário ascendeu a 990,5 euros no passado mês de dezembro, o que representa um aumento de 60,9 euros face ao mesmo mês do ano anterior (+6,5%).

O número total de beneficiários de subsídio de desemprego ascendia a 2023 pessoas no final de 1.835.927, valor ligeiramente inferior ao de dezembro de 2022.

A taxa de cobertura, que um ano antes era de 68,65%, subiu em dezembro de 2023 para 72,2%, “a mais alta desde 2010”, como destacou o Partido Trabalhista.

Os dados das prestações estão sempre um mês atrás dos dados do desemprego, pelo que esta sexta-feira o Ministério publicou os números do desemprego de janeiro de 2024 e as estatísticas das prestações de dezembro de 2023.

A Previdência Social perde 231.250 afiliados médios em janeiro, pressionada pela hotelaria e comércio

A Segurança Social perdeu em média 231.250 contribuintes em janeiro face ao mês anterior (-1,1%) devido ao fim da campanha de Natal, o que foi especialmente visível na hotelaria e no comércio, setores onde o emprego caiu no início do ano em 46.000 mil e 45.000 mil pessoas, respetivamente.

Depois da descida de janeiro, o número médio de filiados fixou-se em 20.604.761 contribuintes, o valor mais elevado deste mês da série histórica, segundo dados publicados esta sexta-feira pelo Ministério da Inclusão, Segurança Social e Migrações.

É comum que empregos sejam destruídos no primeiro mês do ano devido ao fim dos contratos vinculados ao Natal. A queda na média de afiliados em janeiro deste ano é a maior neste mês desde 2020, quando foram perdidos pouco mais de 244.000 mil funcionários. Em 2023, a adesão caiu em janeiro em 215.047 pessoas, enquanto em 2022 e 2021, perderam-se 197.750 e 218.953 trabalhadores, respetivamente.

No último ano, a Segurança Social conquistou 523.537 filiados em valores médios, com um crescimento homólogo de 2,6%.

Em termos corrigidos de sazonalidade, o número de contribuintes da Segurança Social aumentou no primeiro mês do ano em 38.357 filiados (+0,2%) face ao mês anterior, para um total de 20.881.293 trabalhadores, “o melhor valor da série histórica”. , conforme destaca o Departamento dirigido por Elma Saiz.

Na série com ajuste sazonal, foram criados 544.524 empregos no último ano e mais de 1,5 milhão em relação ao nível pré-pandemia, em dezembro de 2019.

 

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