O JEC rejeita o pedido da Vox de encerramento de sua conta no Twitter

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A Junta Central Eleitoral considera justificado que o Twitter tenha fechado a conta do Vox na última campanha catalã por uma mensagem contra a “islamização”, mas acredita que O Legislador deve aprovar uma lei para regulamentar as competências dos gestores de redes sociais. A decisão não foi unânime já que um dos integrantes deu voto contrário por considerar desproporcional a medida adotada pelo Twitter.

A origem desta polêmica é um tweet da conta oficial da Vox contra a suposta “islamização” da sociedade catalã: “Eles representam aproximadamente 0,2% e são responsáveis ​​por 93% das reclamações. A maioria é do Magrebe. É a Catalunha que deixa unânime a indolência e a cumplicidade com o crime importado. Só resta VOX! Pare a islamização.”

O Twitter interpretou que esta mensagem violava a proibição de “incitar o medo ou espalhar estereótipos de medo sobre uma categoria protegida” e decidiu suspender a conta Vox, impossibilitando a publicação de mensagens por oito dias, entre 28 de janeiro e 4 de fevereiro, que incluiu parte da campanha eleitoral na Catalunha. Por isso a Vox reclamou ao JEC, considerando-se prejudicada pela decisão da empresa americana.

INSTRUMENTO ESSENCIAL NAS CAMPANHAS ELEITORIAIS

Na sua resolução, o JEC salienta que é “um facto incontestável” que o Twitter se tornou “uma ferramenta de contacto social com enorme difusão e relevância indiscutível”, e que em As campanhas eleitorais são “um instrumento quase essencial para os candidatos e as formações eleitorais”.", pelo que "a atuação dos responsáveis ​​desta rede social, permitindo ou restringindo a atividade das candidaturas ou candidatos, não é irrelevante para efeitos de respeito pelo princípio da igualdade que deve reger um processo eleitoral".

Agora, no caso específico do Vox e de sua polêmica mensagem, o JEC acredita que “A decisão do Twitter pode ser considerada razoável e não discriminatória”, uma vez que os critérios da empresa, refletidos no seu contrato, eram do conhecimento da parte de Santiago Abascal e em qualquer caso respondem a “um fim legítimo que não seja contrário à legislação e à jurisprudência relativas aos limites da liberdade de expressão”.

O líder do Vox, Santiago Abascal e o candidato do Vox à presidência da Generalitat, Ignacio Garriga

O JEC leva em consideração que, segundo o Twitter, Vox é um caso de “descumprimento reiterado”, já que foi a segunda vez que sua conta foi congelada. E, em todo o caso, sublinha que a medida não afetou as contas de Ignacio Garriga e dos restantes candidatos e dirigentes do partido, razão pela qual conclui que não foi uma ação “desproporcional”.

VÁCUO LEGAL

Sim, admite que existe um vazio jurídico e que é preciso regular o poder dos responsáveis ​​pelas redes sociais. “Esta Direcção está consciente dos perigos e riscos que algumas decisões dos responsáveis ​​pelas redes sociais podem acarretar durante a campanha eleitoral. Não é exagero considerar que alguns deles podem limitar seriamente a campanha eleitoral de qualquer candidato, e que, dada a urgência dos períodos eleitorais, dificilmente terão tempo para obter uma tutela jurisdicional efectiva contra estas decisões”, sublinha.

Entretanto, a JEC considera que o actual regulamento eleitoral apenas permite “agir em casos extremos em que se considere que pode ter ocorrido uma violação grave dos princípios de pluralismo político, transparência, objetividade ou igualdade entre candidatos eleitorais”.

Neste caso, entende que tal dano não ocorreu, portanto a reclamação deve ser rejeitada. No entanto, o acordo pode ser objeto de recurso perante o Supremo Tribunal através de processos contencioso-administrativos.

Diante da resolução apoiada por todos os juízes da Junta Eleitoral, o jurista proposto pela Vox para o órgão arbitral, professor José Miguel Serrano-Ruiz Calderón, deu um voto divergente expressando seu desacordo.

Na sua opinião, Ação do Twitter não foi proporcional e violou direitos do Vox na campanha eleitoral, já que não conseguiu nem dar a sua versão, que “consolida o poder de censura unilateral das grandes empresas de tecnologia”.

Artigo elaborado pela EM com base em informação disponibilizada pela Europa Press

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