O porta-voz do PSOE no Senado, André Gil, admitiu esta quarta-feira “contactos” com outros grupos políticos de Castela e Leão para apresentar uma moção de censura contra o atual presidente, Alfonso Fernández Mañueco, e reconheceu que estas conversações estão a progredir “de forma mais rápida e positiva” do que o esperado.
“Apresentaremos a moção de censura se quisermos vencê-la. E vamos vencer”, respondeu o senador do PSOE por Burgos numa entrevista à TVE, na qual criticou o “grau de deterioração política” em Castela e Leão pela gestão do Governo presidida por Mañueco. “É absolutamente insustentável”, disse ele.
Na sua opinião, o executivo regional, que governam em coligação PP e Ciudadanos, Ele está “enfraquecendo” e confrontou “todos” durante a gestão da Covid-19. “O diálogo social, um dos grandes valores de Castela e Leão, foi quebrado”, disse Gil, que sublinhou que uma moção de censura abre “uma janela de oportunidade” para “mudança”. “O PSOE foi o vencedor das últimas eleições regionais”, lembrou.
Questionado se o PSOE está negociando com Ciudadanos para expulsar Mañueco da Presidência, respondeu que “contatos estão sendo feitos.” “O progresso está sendo feito de forma ainda mais rápida e positiva do que esperávamos.”", sublinhou. “Apresentaremos a moção para ganhá-la e no melhor momento para os cidadãos e para o interesse geral de Castela e Leão”, insistiu posteriormente.
O secretário regional do PSOE e porta-voz do Grupo Socialista, o maior das Cortes de Castela e Leão, Luis Tudanca, esclareceu esta terça-feira que o seu partido apresentará uma moção de censura ao governo autónomo “quando for positiva” para a Comunidade Autônoma, que não quer prejudicar, embora tenha sido contundente ao alertar: “Faremos isso porque esta terra precisa”.
No entanto, a presidente do Ciudadanos, Inés Arrimadas, o partido necessário para o sucesso da moção de censura, rejeitou esta possibilidade. “Somos governados num momento muito complicado” e “vamos continuar trabalhando“Não vamos nos distrair com rumores”, concluiu.
O PSOE conta com 35 advogados nos Tribunais Regionais, quando a maioria absoluta é de 41. Ele precisaria do apoio, além do advogado do Podemos, de outros cinco. UPL e Por Ávila somam 2, portanto, mesmo contando com eles, seriam necessários mais três que, em princípio, só poderiam vir das fileiras dos Ciudadanos (13).
Artigo elaborado pela EM com base em informação disponibilizada pela Europa Press
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