O Governo calculou um custo provisório de zero euros para o resgate da autoestrada radial R-4, uma das nove rodovias que faliram durante a crise e atualmente é administrada pelo Estado, uma vez que o montante retido pelo Executivo para fazer face a pagamentos futuros é superior ao custo real da infraestrutura.
O Ministério dos Transportes, Mobilidade e Agenda Urbana Ele indicou isso nesta segunda-feira após anunciar o processo de audiência para liquidação provisória da Responsabilidade Patrimonial Reconhecida (RPA) na rodovia R-4, que representa a quarta concessão para a qual este processo foi iniciado, depois de aprovado em Conselho de Ministros em 26 de abril de 2019, uma vez concluída a tramitação prevista na legislação sobre contratos públicos.
O Ministério explicou que, uma vez que não é necessário contribuir qualquer montante para o montante do RPA e O valor da primeira resolução para determinação do RPA do R-4 é negativo (-201,94 milhões de euros), “os titulares do direito de cobrança não recebem qualquer valor, uma vez que a estimativa do valor pendente de pagamento pelas desapropriações ultrapassa o RPA reconhecido à medida que este cresce”.
Especificamente, a pasta liderada por José Luis Ábalos calculou que este RPA resulta da soma do RPA de obras de 454,27 milhões e do RPA de expropriações de outros 72,82 milhões, dos quais devem ser deduzidos 115,7 milhões do valor dos investimentos necessários para obter, à data da avaliação, a “perfeita entrega das instalações em condições de absoluta normalidade”, bem como outros 237,31 milhões que deverão ser descontados para reduzir a indemnização paga aos expropriados pela Administração.
Além disso, sobre o valor do RPA reconhecido, e conforme acordo de interpretação de determinados contratos de concessão rodoviária, Os valores deverão ser retidos provisoriamente para fazer face à regularização de situações ainda pendentes (estimativa dos valores das expropriações pendentes de pagamento, que a Administração poderá ter de assumir, incluindo as previsíveis indemnizações pela retomada dos processos de expropriação suspensos por força de acordos de cedência de usos urbanísticos), que ascendem atualmente a 375,14 milhões de euros euros.
Concluído o processo de audiência, que terá duração de 15 dias, serão analisadas as denúncias recebidas e, com base nessa análise, será emitida a primeira deliberação que determinará a RPA. Seguindo o indicado no referido acordo de interpretação, calculou-se que o RPA ascende a 174 milhões de euros.
No entanto, O acordo de interpretação aprovado estabelece que um ano após a emissão da primeira solução para determinação do RPA do R-4, será determinada uma nova resolução., neste caso definitivo, para fins de regularização de situações pendentes resolvidas neste período, como o pagamento de desapropriações.
No total, a fatura que o resgate das nove autoestradas com portagem que faliram durante a crise implicará para os cofres públicos não ultrapassará os 3.305 milhões de euros, segundo a fórmula que o Governo aprovou em Conselho de Ministros desse mês e que foi publicou o Diário Oficial do Estado (BOE).
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