Aena ganha concessão de 11 aeroportos no Brasil por 780 milhões

Aena SME International Development, subsidiária integralmente detida pela Aena, através da qual desenvolve a sua atividade internacional, foi declarada pela Agência Nacional de Aviação Civil do Brasil como licitante vencedora do leilão realizado para a concessão, pelo prazo de 30 anos com possibilidade de mais cinco, de 11 aeroportos brasileiros, conforme comunicado da empresa à Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV).

Concretamente, o preço da adjudicação foi de 2.450 milhões de reais (cerca de 468 milhões de euros), aos quais se soma o desembolso de mais 1.639 milhões de reais (312 milhões de euros) em compromissos obrigatórios, pelo que o valor total da operação equivale para 4.089 milhões de reais (780 milhões de euros).

Assim, Esta é a maior operação internacional realizada até o momento pela Aena, e a torna gestora da maior rede de aeroportos concessionados do Brasil. com uma rede de 17 aeroportos no país.

Os 11 aeroportos premiados sumarcom 12% do tráfego do país carioca em 2019 e são os de Congonhas, Campo Grande, Uberlândia, Santarém, Marabá, Montes Claros, Carajás, Altamira, Uberaba, Corumbá e Ponta Porã, sendo o aeroporto de Congonhas o que tem o maior tráfego do grupo e o segundo com mais passageiros no Brasil.

A gestão destes aeroportos implica a obrigação de pagamento de uma contrapartida variável com carência de quatro anos, constituída por uma percentagem da receita bruta que aumenta de 3,23% para 16,15% anualmente. A assinatura do contrato de concessão está prevista para fevereiro de 2023.

De acordo com o planeamento e estudos realizados sobre os investimentos necessários, prevê-se um investimento próximo de 5.000 milhões de reais (954,3 milhões de euros), dos quais 73% estão previstos para serem realizados na primeira fase da concessão,
isto é, até 2028.

O presidente e CEO da Aena, Maurici Lucena, saudou esta operação. “O potencial do Brasil é indiscutível. O seu tráfego doméstico, por exemplo, está 100% recuperado”, indicou.

“Apesar dos tempos difíceis que atravessamos devido ao coronavírus e sempre com a prioridade de gerar valor para os acionistas públicos e privados e para os trabalhadores, estamos convencidos de que a internacionalização da Aena é uma garantia para o futuro”, sublinhou.