Existem muitas pesquisas e nem todas dizem a mesma coisa, nem na Espanha nem em outros países. Por exemplo, na Alemanha estes são os últimos, segundo Dawum.de:
O primeiro partido na Alemanha seria claramente a CDU/CSU da chanceler Merkel, enquanto o segundo lugar seria contestado pelo tradicional partido social-democrata e pela direita anti-imigração AfD. Um passo atrás, mas com percentagens muito significativas, estariam os Verdes, a esquerda de Linke e os liberais do FDP.
Talvez mais interessante para compreender a dinâmica eleitoral deste país seja ver a evolução da média eleitoral no último ano.
Em Setembro realizaram-se eleições que conduziram a um Parlamento sem maiorias claras. Após meses de negociações, a tentativa de formar uma “coligação Jamaica” entre a CDU de Merkel, os Verdes (Grüne) e os Liberais (FDP) falhou. In extremis, já em Março de 2018, foi alcançado um acordo CDU/SPD que evitou a convocação de novas eleições.
Desde então, as tensões em torno do problema da imigração colocaram o novo executivo em xeque em diversas ocasiões. A coligação governamental viu o seu crédito reduzido e tanto o partido de Merkel como o SPD têm, hoje, expectativas eleitorais piores do que há um ano. Merkel tem sofrido tensões e confrontos dentro do seu próprio grupo e com os seus históricos aliados bávaros da CSU, enquanto o SPD navega sem uma direção clara. Tanto é assim que, se as eleições fossem realizadas hoje, pela primeira vez em décadas a soma de ambos os partidos seria inferior a 50% dos votos e dos assentos no Bundestag.
Entretanto, os “terceiros” aproveitaram-se da situação. A AfD está a ganhar votos e já está ao nível dos sociais-democratas, graças à crescente rejeição da política de imigração do governo. Os liberais também se inscrevem para defender políticas mais duras, na esperança de rentabilizar o desgaste do governo, e os verdes crescem à custa de um SPD que ainda não encontrou um líder para evitar a quase constante hemorragia de votos. O partido vem sofrendo perdas desde 1998, quando alcançou pela última vez 40% dos votos. Hoje eu ficaria feliz se conseguisse colher metade.
José Salver
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