Torres pedirá na Conferência dos Presidentes que “ativem a solidariedade obrigatória” para acolher menores migrantes

O presidente do Governo das Ilhas Canárias, Ángel Víctor Torres, desloca-se esta quinta-feira a Salamanca para participar um dia depois na Conferência dos Presidentes onde pretende apresentar vários temas como a proposta de que as comunidades mais afetadas pela pandemia recebam mais fundos, a obrigatoriedade da vacinação dos funcionários públicos ou a necessidade de “ativar a solidariedade obrigatória” das autonomias para acolher menores imigrantes.

Isto foi indicado aos jornalistas depois de participar na reunião do Conselho de Administração da Casa África, onde indicou que “com o regresso do verão o fenómeno migratório continuará certamente a existir como existiu nos anos anteriores”, e embora tenha afirmado que agora as ilhas têm recursos ao contrário de 2019, destacou também a necessidade de “ativar a solidariedade obrigatória” entre as comunidades.

As Ilhas Canárias, disse, têm atualmente pouco mais de 2.500 menores não acompanhados e “o apoio é basicamente do Governo das Canárias”., embora tenha agradecido a transferência aprovada esta semana pelo Governo de Espanha, mas “não se trata exclusivamente de uma questão de recursos económicos, que são insuficientes, mas de um conceito” que deve ser partilhado com o resto das comunidades.

Por isso, esclareceu que se para que esta solidariedade obrigatória seja eficaz é necessário modificar as leis, propõe que isso seja feito de forma a contribuir para a integração, educação e formação destes menores.

Finalmente, Torres considerou “um sucesso indiscutível” a realização da Conferência dos Presidentes porque permite a partilha de abordagens entre os presidentes regionais e o governo central. Além disso, garantiu que o protocolo “tem sido exactamente o mesmo” de outras ocasiões, de forma que haverá uma intervenção do Presidente Pedro Sánchez e depois os líderes das comunidades apresentarão as suas considerações.

“Não entendo diferentes razões para não ir (…). O que os cidadãos querem é que procuremos um acordo. Ainda há tempo para as eleições”, concluiu.

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