O delegado do Governo no País Basco, Denis Itxaso, negou que, com o pedido de pôr fim ao 'ongi etorris' dos presos da ETA, se pretenda “impor qualquer narrativa”, como assegurou Sortu, mas sim que Exigem apenas “um pouco de empatia” com as vítimas e que “aqueles que foram assassinados não sejam idealizados”.
Em entrevista concedida à Cadena SER, recolhida pela Europa Press, Itxaso destacou que “A convivência implica que ocorra essa ressocialização e reintegração que a Constituição consagra às penas privativas de liberdade.”
“Nem peço arrependimento, que em muitos casos existe, e há encontros restauradores, reconhecimento da dor causada e empatia para com as vítimas. Só peço que, pelo menos, não seja idealizado, não se projete uma ideia romântica do passado que levou aquelas pessoas para a prisão”, afirmou.
PAROT TEM MUITOS MORTOS E NÃO DIZEM NADA
Neste sentido, referiu-se ao preso da ETA Henri Parot – a rede Sare e o colectivo Elkartasun Eguna convocaram uma marcha em Arrasate para o próximo dia 18 de Setembro para denunciar a sua situação prisional –, para lembrar que “Ele tem muitas pessoas mortas em sua mochila.”
“Ninguém daquele mundo abriu a boca para lembrar, nem por um segundo, todos os assassinados. Pedimos um pouco de empatia”, insistiu.
Denis Itxaso lembrou que, mesmo quando a ETA matava, houve manifestações a favor dos presos e dos tribunais, “Repetidas vezes, eles consideraram que isso fazia parte da liberdade de expressão ou de reunião.”
“Acredito que a aposta deve ser colocada na pressão social, no trabalho das associações de vítimas e na convicção de que, se quisermos uma convivência justa, que realmente evite que este tipo de coisas volte a repetir-se, Temos que manter a memória, respeitar e lembrar as vítimas do terrorismo“, indicou.
Itxaso destacou que também devemos respeitar “o direito do preso de, uma vez paga a pena e o castigo pelos crimes cometidos, reintegrar-se naturalmente na sociedade, e pode fazê-lo porque é para isso que se destinam as penas privativas de liberdade. “Liberdade neste país, não para que, ao saírem, sejam devolvidos à área de partida, como se nada tivesse acontecido, idealizando de alguma forma aquele passado, homenageando a sua figura e carreira”, afirmou.
Artigo preparado por EM a partir de um teletipo
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