O Presidente do Governo, Pedro Sánchez, defendeu esta terça-feira a destituição da sua primeira vice-presidente, Carmen Calvo, e de outros seis ministros, incluindo o ministro dos Transportes, José Luis Ábalos, pela necessidade de que Tive que “recarregar as baterias” e “rejuvenescer”, e defendeu que “não são rescisões”, mas sim “mudanças necessárias”.
Numa entrevista à Telecinco, Sánchez minimizou o facto de ter se livrado de pesos pesados importantes do seu governo e garantiu que “Você tem que encarar isso da forma mais natural possível”, porque têm de enfrentar uma tarefa “diferente” daquela que iniciaram há 18 meses, e foram necessários “revezes” nas equipas.
Além disso, Ele evitou mais uma vez citar seu ex-chefe de gabinete Iván Redondo, quando questionado sobre os motivos da sua saída, limitou-se a afirmar que “tanto os ministros como os colaboradores mais próximos” que com ele trabalharam têm a sua “enorme gratidão” pelo trabalho que desenvolveram.
Além disso, Ele garantiu que “tem um gosto ruim” que a atenção está voltada para algumas pessoas, quando questionado sobre o caso de Redondo, “porque há outros ministros que não são mencionados e que também abandonaram as suas responsabilidades e que não devem ser ignorados”.
Pedro Sánchez afirmou que “É evidente que Cuba não é uma democracia”, mas sublinhou que deve ser a sociedade cubana, “sem interferência”, que encontra o seu caminho para a liberdade e a prosperidade. “E a comunidade internacional deve ajudar”, disse ele.
Esta afirmação torna-se especialmente relevante depois de a nova porta-voz do Governo e Ministra da Política Territorial, Isabel Rodríguez, ter evitado em diversas ocasiões afirmar se o regime cubano é ou não uma ditadura na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros.
E também depois de a oposição ter censurado o "tepidez" do Governo singularmente depois do seu parceiro Unidas Podemos, através da porta-voz do En Comú, Aina Vidal, garantiu que Cuba “não é uma ditadura”.
Questionado sobre este ponto numa entrevista à Telecinco, recolhida pela Europa Press, Sánchez quis deixar claro que “é evidente que Cuba não é uma democracia”, mas destacou, logo a seguir, que a sociedade cubana é quem tem encontrar o caminho e fazê-lo “sem interferência”.
ELES DEVEM SER CAPAZES DE DEMONSTRAR LIVREMENTE
O chefe do Executivo rotulou Imagens “muito duras” de repressão policial contra manifestantes e jornalistas. “Deter um YouTuber ou um jornalista, neste caso do ABC, um jornal espanhol, parece-me inapropriado”, denunciou Sánchez, acrescentando que o Ministério dos Negócios Estrangeiros já solicitou a sua “libertação imediata”.
O presidente defendeu a necessidade de pedir que os cubanos “podem se expressar livremente” e que todas as reformas necessárias sejam aceleradas para permitir a prosperidade deste país centro-americano.
Sánchez afirma que há “múltiplos fatores” que estão por trás das manifestações em Cuba, entre as quais citou a queda do turismo devido à pandemia que, como destacou, está a ter “efeitos devastadores” na economia e na sociedade do país.
Diante disso, o presidente optou por ser “extraordinariamente solidário” e acelerar a doação de vacinas aos países latino-americanos, região onde se acumulam 30% das mortes por coronavírus no mundo.
O “PULSO” DE MARROCOS
Sánchez também foi questionado se a demissão da até recentemente ministra das Relações Exteriores, Arancha González Laya, responde ao seu desejo de normalizar as relações com Marrocos. Neste sentido, o presidente indicou que Laya “sempre” quis ter “as melhores relações com um país “amigável” como Marrocos que, como recordou, é um parceiro “prioritário” para Espanha.
Questionado sobre se considera que a pressão do vizinho do sul sobre Espanha tem sido demasiado forte, face à crise migratória vivida em junho passado, Sánchez deu a entender que a pressão não tem sido apenas sobre Espanha, mas também sobre o projeto europeu que, como notou, “ olhou com muita simpatia” para Marrocos.
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