A secretária-geral do PP, Cuca Gamarra, ratificou esta sexta-feira o “compromisso” do seu partido de “modificar” a Lei da Habitação aprovada esta semana no Senado “logo que chegue ao Governo central”, a partir da convicção de que “Não é da lei que os espanhóis precisam”, é “intervencionista” e, “longe de trazer soluções, vai gerar mais problemas, porque vai restringir a oferta, e com menos habitação disponível para comprar e alugar”, haverá uma “aumento de preços”. Advertiu.
Assim falou o líder do PP num discurso mediático após um encontro com a Associação Provincial de Construtores e Promotores de Málaga, de onde Cuca Gamarra também sustentou que a Lei da Habitação promovida pelo Governo do PSOE e Unidas Podemos “Isso responde a modelos políticos que foram criados em outros países e que não funcionaram.”
“Se algo ainda não funcionou, o que temos de fazer é procurar outras opções, e essa é a política que propomos do Partido Popular”, explicou Cuca Gamarra, que sublinhou que esta lei “intervencionista” vai “no sentido sentido contrário ao que precisam os espanhóis, que têm uma preocupação e uma necessidade que é a habitação”.
Depois de destacar que se trata de uma “lei intervencionista em relação ao mercado, mas também em relação ao proprietário” num país como Espanha que é “fundamentalmente proprietário”, o porta-voz do Grupo Popular no Congresso previu que as medidas que contempla revelar-se-á “ineficaz e, além disso, contraproducente para a nossa sociedade”, daí a “responsabilidade” e o “compromisso” do PP em promover a “alteração e revisão desta lei para que responda às necessidades do sector, sociedade e dos cidadãos”, acrescentou.
Cuca Gamarra afirmou ainda que esta lei “gera insegurança e incerteza jurídica”, além de “prevenir um problema social como a ocupação ilegal”., como alertou, e a este respeito afirmou que num país como Espanha, onde a ocupação com Pedro Sánchez à frente do Governo "aumentou 40%", "são necessárias leis para proteger o proprietário e colocar um pare para a ocupação.”
“E não só esta lei não o faz, como é uma lei que vai proteger ainda mais o ‘posseiro’, porque lhe dará mais instrumentos para poder levar a cabo este ataque à propriedade privada”, disse o secretário-geral. do PP.
POR “UM PACTO DE ESTADO DE HABITAÇÃO”
Perante tudo isto, afirmou que o que o Partido Popular propõe é “um pacto de Estado sobre a habitação”, que envolve os “três níveis” da administração – local, regional e nacional – e também o sector “para avançar”. “todos juntos” na resolução “do verdadeiro problema que temos no nosso país”, que passa, como continuou, “conseguir baixar o preço da habitação aumentando a oferta colocada à disposição da sociedade espanhola”.
Gamarra indicou que o PP está comprometido com “uma política séria e responsável” que contempla medidas como “ajuda à emancipação, de 1.000 euros para despesas objetivas de acesso à habitação; ampliar o Bônus de Aluguel Jovem”, bem como incluir “a garantia para cobertura de depósitos de aluguel, especialmente para rendas médias e baixas; “aumentar a transferência de terrenos das administrações para que possam ser construídas habitações sociais para grupos desfavorecidos em regime preferencial, e também que 15% garantam que o Governo de Espanha já assumiu e copiou”, acrescentou.
“Temos a convicção de que são estas as medidas habitacionais que podem gerar um contexto favorável à construção” que permite uma “maior oferta para responder” à procura de habitação que “fundamentalmente” reside nos jovens, que são “as principais vítimas da política actual”, segundo Cuca Gamarra.
O secretário-geral do PP concluiu que, para favorecer o objectivo de “emancipação” dos jovens, é necessário “menos populismo e intervencionismo, e um contexto de segurança e certeza jurídica que vem do sector”, e que é “o compromisso do Partido Popular", que também os seus candidatos às eleições autárquicas de 28 de Maio "carregam nas suas propostas eleitorais", conforme ficou acertado.
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