A lei “só sim significa sim” levou a uma redução de 32 por cento nas penas, segundo a CGPJ

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O Conselho Geral da Magistratura (CGPJ) indicou esta sexta-feira que 32% das penas revistas em aplicação daquela que é conhecida como a ‘lei do sim é sim’ levaram a reduções ao abrigo da norma que entrou em vigor no passado dia 7 de outubro. , segundo dados recolhidos até 31 de março pelo Supremo Tribunal Federal, pelo Tribunal Nacional, pelos Superiores Tribunais de Justiça (TSJ) e pelos tribunais provinciais.

Isto foi relatado pelo corpo diretivo dos juízes ao atualizar sua contagem oficial de revisões, reduções e liberações realizadas em decorrência da Lei Orgânica de Garantia Integral da Liberdade Sexual. De acordo com os dados fornecidos, já existem 978 reduções de penas e 104 libertações, pelo que há 35 novas reduções e uma nova libertação face aos dados fornecidos por fontes do Conselho à Europa Press na passada quarta-feira.

A repartição dos dados recolhidos mostra que o Supremo Tribunal aplicou 15 reduções de penas, enquanto o Tribunal Nacional emitiu uma. Os tribunais provinciais, por sua vez, concordaram com 880 modificações descendentes e o TSJ assinou 82 reduções.

Assim, 40,5% das revisões do Supremo Tribunal implicaram uma redução da pena, de acordo com a informação prestada pelo corpo diretivo dos juízes. No Tribunal Nacional o percentual de descontos foi de 14,3%.

No que diz respeito ao TSJ, o percentual chegou a 39,5% e nas audiências provinciais chegou a 31,6%. Assim, no total, as sentenças foram modificadas para baixo em 32% dos casos, segundo dados geridos pela CGPJ.

MADRID, O CCAA COM MAIS DESCONTOS E ISENÇÕES

Quanto às revisões de sentenças, sabe-se que foram realizadas 1.967 audiências provinciais; o TSJ, 86; o Supremo, 37; e o Tribunal Nacional 7.

Ao analisar os dados por audiências provinciais, registaram-se 362 revisões em Madrid, 118 reduções e 16 libertações. São mais 47 reduções do que as reduções registadas na primeira contagem da CGPJ e mais 8 lançamentos.

Alicante também aparece na lista de reduções com 53 reduções de penas; Cádiz com 48; Valência e Ilhas Baleares com 46; Biscaia com 42 e Barcelona com 40.

Nos Tribunais Superiores de Justiça também se destaca a Comunidade de Madrid com 26 modificações para baixo. Seguem-se a Andaluzia e as Ilhas Baleares com 6; Galiza com 5; Aragão, Astúrias, Castela-La Mancha, Comunidade Valenciana, Múrcia, Navarra e País Basco com 4.

Posteriormente, o Conselho apresentou também a discriminação dos dados de divulgação: 99 nas audiências provinciais e 5 no TSJ. Nenhum foi registrado nem no Supremo Tribunal nem no Tribunal Nacional.

Além das 16 libertações acordadas pelo Tribunal de Madrid, há 8 em Cádiz; e 6 em Biscaia, Barcelona e Ilhas Baleares, como as províncias onde foram emitidas mais libertações de prisão.

A CGPJ sublinhou que os dados constantes da tabela de audiências provinciais correspondem “exclusivamente” às revisões de penas e “não incluem as decisões dos tribunais inferiores proferidas em relação a factos ocorridos antes da entrada em vigor” da lei naqueles a que se refere. esta tem sido aplicada - e não a norma vigente à data dos factos processados ​​- por ser considerada mais favorável ao recluso. Na linha, indicou que os dados relativos ao Supremo Tribunal correspondem a resoluções proferidas em recursos.

Além disso, explicou que para obter os dados totais deduziu as revisões de sentenças que foram comunicadas pelas audiências provinciais, quando estas foram rejeitadas pelo TSJ em recurso; Da mesma forma, acrescentou aquelas revisões que, inicialmente negadas pelos tribunais provinciais, foram finalmente confirmadas pelo TSJ no processo de recurso.

Conforme especificado pelo Conselho, os dados oferecidos "não incluem as revisões de sentenças que possam ter sido processadas pelos Tribunais Criminais, competentes para julgar crimes contra a liberdade sexual puníveis com até cinco anos de prisão, dada a dificuldade de recolher esta informação de “corpos unipessoais”.

SEGUNDA ATUALIZAÇÃO

Esta sexta-feira é a primeira atualização oficial feita pela CGPJ desde o último dia 2 de março que informou que houve 721 reduções e 74 liberações em toda a Espanha até 1º de março devido às revisões realizadas pela Lei Orgânica de Garantia Integral da Liberdade Sexual.

Nessa ocasião, o Conselho alertou que não tinha conseguido recolher dados de todos os órgãos judiciais e, portanto, carecia de um número “global”. Em qualquer caso, informou que a sua Comissão Permanente tinha acordado no seu conclave que a informação seria “actualizada periodicamente e tornada pública”.

Além disso, a Câmara Criminal do Supremo Tribunal Federal está programada para realizar entre os dias 6 e 7 de junho um plenário monográfico para estabelecer critérios sobre as revisões realizadas pelos tribunais condenatórios em função da reforma penal.

Será a primeira vez que o tribunal superior começará a analisar se os tribunais aplicaram corretamente a Lei Orgânica de Garantia Integral da Liberdade Sexual nas suas revisões de sentenças. Os juízes farão este estudo com o objetivo não só de unificar critérios, mas também de estabelecer doutrina, e porque já acumulam mais de 20 recursos contra ordens de revisão.

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