O Ministério do Interior informou ao presidente do principal partido do Governo de Melilla, Mustafa Aberchán (CPM), que “Está próxima a definição” das condições por parte de Espanha e Marrocos que marcarão a reabertura das fronteiras de Ceuta e Melilha com Marrocos, depois de o bloqueio ter sido prolongado até 15 de maio.
Isto foi afirmado numa carta do departamento chefiado por Fernando Grande-Marlaska dirigida a Mustafa Aberchán, em resposta ao líder do partido maioritário no Executivo de Melilla. Aberchán já havia enviado uma carta a Grande-Marlaska, na qual pedia o seu “esforço” para conseguir a reabertura da fronteira com Marrocos. “o mais rapidamente possível” para permitir que os residentes de Melilla que têm familiares no lado marroquino se possam ver durante estas festividades do final do mês do Ramadão.
O Interior lembrou ao líder cepemista que, através de um despacho ministerial publicado no Diário Oficial do Estado (BOE) do passado sábado, 30 de abril, foi prorrogado o encerramento das fronteiras terrestres de Ceuta e Melilha com Marrocos, “embora, “ao contrário dos anteriores ocasiões - sublinhou o Ministério - agora a prorrogação dura apenas um período de 15 dias."
O departamento presidido por Grande-Marlaska destacou que “este período mais curto do que nas prorrogações anteriores responde precisamente ao facto de a definição ser próxima, no quadro do trabalho bilateral que está a ser realizado com as autoridades marroquinas, dos detalhes exatos”. e mecanismos que regerão a próxima reabertura das passagens de fronteira entre os dois países.”
Por fim, acrescentou que “Confiantes de que este trabalho será concluído de forma satisfatória e no menor tempo possível, agradecemos a confiança depositada neste Departamento e enviamos-lhe as nossas cordiais saudações.”
O líder da CPM, que partilha o Executivo na cidade espanhola do Norte de África com o PSOE e o Grupo Mixto, tinha sublinhado na sua carta que, “depois de mais de dois anos de espera e fidelidade, com as dificuldades geradas por múltiplas circunstâncias – tais como a pandemia ou o conflito após a recepção de Brahim Gali – acreditamos que o povo de Melilla merece este esforço da sua parte, que esperamos que ocorra mais cedo ou mais tarde.”
Mustafa Aberchán tinha tomado esta decisão depois de o Governo, apesar de ter anunciado que a reabertura ia ser “iminente”, ter decidido adiar o bloqueio das fronteiras terrestres de Ceuta e Melilha por mais 15 dias para “finalizar” a negociação bilateral com o Marrocos autoridades os “detalhes e mecanismos exatos” que regerão o trânsito de pessoas e mercadorias.
No despacho do Ministério do Interior esclarece-se que embora o encerramento seja prorrogado até 15 de maio, este é adotado “sem prejuízo da possibilidade de modificação de qualquer um dos artigos antes desse prazo”, por isso não fecha a porta a uma reabertura antes desse dia, para fazer face à situação que remonta a 13 de março de 2020, com o início da crise do coronavírus.
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