A ministra da Defesa, Margarita Robles, destacou este domingo a situação que vivem os afegãos no aeroporto de Cabul onde, explicou, há “muitas famílias com crianças” que tentam entrar durante mais de 24 horas para aceder aos voos lançados por Espanha. “Temos grupos de pessoas que gritam ‘Espanha, Espanha’ para poder entrar”, explicou.
Robles visitou, juntamente com o Chefe do Estado-Maior da Defesa (JEMAD), Teodoro E. López Calderón, o campo instalado no aeroporto de Torrejón (Madrid) onde são recebidos os cidadãos evacuados do Afeganistão. O ministro e a JEMAD, na companhia de outros representantes das forças armadas, Eles vão aguardar a chegada de dois novos voos previstos para este domingo.
Numa conferência de imprensa em Torrejón, Robles indicou que o país está a fazer “tudo o possível, na medida das suas possibilidades” para trazer todas as pessoas que precisam de ajuda.
Ainda assim, reconheceu que há situações que não dependem de Espanha, incluindo as dificuldades que existem no acesso ao aeroporto de Cabul onde, indicou, “Há uma multidão” de cerca de 20.000 mil pessoas que enfrentam circunstâncias que mudam diariamente.
A JEMAD explicou que a operação implantada consiste em três aeronaves A400, que eram “as disponíveis”, para criar uma “ponte aérea entre Cabul e Dubai”. Actualmente, indicou, estão a ser autorizados dois voos diários já que em Cabul há “apenas uma pista” e há más paísé que eles também estão usando o aeroporto.
EVACUA DESGASTE EXTERIOR CONDUTA SEGURA
Pára “reduzir tempo” e compensar “falta de capacidade”, a Espanha contratou aviões da Air Europa que, segundo López Calderón, são os que transportam os evacuados de Dubai para Madrid. A transferência, observou, está a ser imediata a pedido dos Emirados Árabes Unidos. Isto implica uma importante “coordenação” com a companhia aérea comercial, segundo a JEMAD.
Neste sentido, destacou também que se no futuro for necessário aumentar a capacidade de transferência devido ao aumento do número de evacuados, serão contratados mais aviões.
Quanto ao trabalho no terreno, declarou que é o Ministério dos Negócios Estrangeiros quem proporciona passagem segura aos afegãos que constam da lista de evacuados do país através de determinados documentos que, por vezes, o Talibã pede-lhes que entrem no aeroporto. No entanto, esses papéis não garantem fácil acesso.
López Calderon deu como exemplo do caos vivido em Cabul o facto de, até há poucos dias, os evacuados terem sido convidados a entrar pela porta oeste do campo de aviação. Porém, após uma avalanche, o Exército dos EUA fechou-a por não poder garantir a sua segurança e, agora, a porta habilitada mudou.
“Pedimos-lhes que gritem ‘Espanha’, que vão com a bandeira ou algo vermelho”, explicou o ministro da Defesa, para insistir na situação em Cabul. As imagens dessas pessoas “pedindo para entrar”, observou Robles, “nunca” serão esquecidas.
Artigo preparado por EM a partir de um teletipo
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