Quem faz aniversário hoje Anos 53 nasceram na mesma época que Lei dos Segredos Oficiais, aprovado em 5 de abril de 1968, e cujo nascimento foi “registrado”, ou seja, publicado no BOE no dia seguinte.
Desde então muitas coisas aconteceram, mudança de regime e uma nova Constituição incluída, mas a lei, com algumas modificações pré-constitucionais, continuou em vigor.
Ao longo do caminho houve até cinco tentativas sérias de reforma ou revogação, mas devido a diversas circunstâncias que nos dizem El País, não foi possível até agora.
Na mesa está o última proposta, a do PNV, que remonta a 2016, e que tem sido impossível de tramitar devido a sucessivas paralisações e vetos. A ideia geral desta iniciativa foi a criação de um período de dez anos a partir do qual os documentos reservados devem ser tornados públicos, e Anos 25 para aqueles classificados como “secretos”.
Contudo, o que o governo aparentemente propõe agora é uma iniciativa mais profunda e não tão “permissiva”, que levaria a uma Reforma abrangente da regulamentação existente. Carmen Calvo, primeiro vice-presidente, ficaria encarregado de chefiar uma comissão que abrangeria quatro ministérios (Presidência, Negócios Estrangeiros, Interior e Defesa), avaliaria a situação atual e prepararia um projeto de lei que seria submetido às Cortes para a revogação total da legislação anterior. Nenhum dos ministérios está nas mãos de Unidas Podemos.
A necessidade de alterar o regulamento é agora urgente, porque já não existem alguns dos órgãos com capacidade para classificar documentos como reservados ou secretos, e muitos outros referências no texto tornaram-se obsoletas. Além disso, há falta de prazo ou prazos gerais de desclassificação, e há outros aspectos que entram em conflito com as recomendações feitas sobre o assunto pela União Europeia e outras organizações.
A comissão tem um longo trabalho pela frente, e partirá da ideia de prever prazos de divulgação diferenciados dos documentos, em alguns casos superiores aos propostos pelo PNV, chegando mesmo a limitações de maior duração ou cláusulas de limitação para o assuntos mais sensíveis.
O objetivo é chegar a um texto que tenha concordância muito ampla na Câmara, por se tratar de uma “questão de Estado”, e que estar pronto antes do final da legislatura, em 2023. Nessa altura, os nascidos sob a lei já terão completado 55 anos.
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