Depois de fortes dissensões que duraram muitos meses e de um profundo debate interno, a decisão parece ter sido tomada. Dentro de horas Teresa Rodríguez poderia anunciar publicamente que está deixando a liderança do um dos grandes carros-chefe do Podemos: a confluência de Avançado Andaluzia.
Por trás desta decisão há muito mais do que um mero gesto pessoal. Como pano de fundo está a disputa entre os diversos setores históricos do Podemos e, sobretudo, o grande desconforto que no setor anticapitalista despertaram os primeiros passos do governo de coligação, com decisões e, sobretudo, gestos de conformidade com o sistema institucional que consideram contrária ao espírito inalienável da coligação.
No futuro próximo, Teresa Rodrigues, Miguel Urbano e talvez outros líderes como o prefeito de Cádiz, “Kichi”, poderiam decidir a separação definitiva, o que levaria os Anticapitalistas a tornar-se um partido político, adotar uma fórmula confederal, ou alguma outra forma que os coloque definitivamente fora de Unidas Podemos, tanto na Andaluzia como em toda a Espanha.
De acordo com várias fontes, Pablo Iglesias concordaria com esta decisão, inevitável dada a diversidade de objectivos e as estratégias contraditórias que ambas as partes estão a seguir.
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