O pedido que o Suprema Corte pediu ao Congresso que investigue Alberto Rodríguez, Secretário de Organização do Podemos, foi qualificado esta segunda-feira pela Mesa do Congresso, iniciando assim a sua tramitação na Câmara dos Deputados. Segundo fontes parlamentares, o pedido de levantamento da imunidade do deputado passou esta primeira etapa com o apoio de todos os membros do órgão de governo da Câmara, ou seja, Unidas Podemos não levantou qualquer objecção.
O juiz do Supremo Tribunal Federal (TS) Antonio del Moral concordou em apresentar ao Congresso um pedido de suspensão da imunidade de Alberto Rodríguez e poder proceder criminalmente contra ele por alguns incidentes numa manifestação em 2014. O deputado do Podemos recusou-se a prestar declarações voluntárias como investigador e solicitou o arquivamento do caso.
O pedido é necessário para dar continuidade à tramitação do processo penal instaurado contra ele em setembro por um período suposto crime de ataque contra autoridade e contravenção – ou crime menor – de lesões ao considerar que há indícios de que ele chutou um policial durante os incidentes ocorridos em 25 de janeiro de 2014 durante uma manifestação contra a LOMCE em La Laguna (Santa Cruz de Tenerife).
UMA DECISÃO ANTES DE DOIS MESES
Os procedimentos para a aprovação de um pedido Estão regulamentados nos artigos 13 e 14 do Regulamento do Congresso, que estabelecem uma série de prazos que são contados em dias úteis e que começam a contar quando o pedido enviado pelo presidente do Supremo, atualmente Carlos Lesmes, chega à Câmara. No total, são 60 dias úteis, que normalmente não estão esgotados. Em pedidos anteriores a Comissão do Estatuto do Deputado resolveu este procedimento em cerca de duas semanas.
TODO O PROCESSO PARLAMENTAR, A PORTAS FECHADAS
É claro que o debate e a votação das petições no Plenário do Congresso também não são públicos, mas Acontece na câmara, a portas fechadas e sem transparência. Os deputados também não são obrigados a seguir as instruções de voto, uma vez que os seus voto é secreto. Apenas o resultado é anunciado.
Até agora o Congresso aprovou 32 pedidos e rejeitou 14 (dois deles sobre o mesmo deputado). A última recusa do Congresso data de 1988 e refere-se a uma disputa pelo direito à honra que teve como protagonistas o ex-ministro socialista José Barrionuevo e o irmão de um membro da ETA (o agora arrependido Soraes Gamboa) por incluírem as suas fotos em cartazes do Interior.
El último pedido concedido, em junho passado, foi porta-voz de Junts no Congresso, Laura Borras, investigada num caso por alegados crimes de prevaricação, fraude contra a Administração, desvio de fundos públicos e falsificação de documentos durante o seu mandato como diretora do Instituciò de les Lletres Catalanes (ILC).
No caso de Borràs, tanto o PSOE como Unidas Podemos, além do PP, Ciudadanos e Vox, apoiaram o pedido, enquanto Junts e PNV votaram contra e os independentistas do ERC, Bildu e CUP preferiram não participar na votação.
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